segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Entre montes e fracturas e talvez fontes hidrotermais

Missão oceanográfica ligada ao projecto de extensão da plataforma continental parte na próxima semana.


A fractura de Hayes já é sua conhecida. Os montes submarinos Tyro, Cruiser e Irving nem tanto. Mas em relação a todos estes relevos no fundo do mar, a sul dos Açores, a equipa do projecto de extensão da plataforma continental portuguesa quer ter mais dados e amostras. Principalmente rochas, e as suas assinaturas geoquímicas específicas, que corroborem a proposta de alargamento da plataforma continental de Portugal.

Para apanhar do fundo do mar as rochas, a equipa da Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC) a bordo do navioAlmirante Gago Coutinho conta com um robô submarino, o Luso, capaz de mergulhos até seis mil metros. Na missão oceanográfica, de 2 a 21 de Setembro, estão planeados oito mergulhos para este veículo operado remotamente (ROV) que tem sido usado nos trabalhos de extensão da plataforma desde a sua compra, em 2008.

Com aparelhos instalados no navio, onde segue uma dúzia de cientistas (geólogos e biólogos), também serão recolhidos dados sobre a morfologia do fundo do mar. Certas características do fundo marinho, como a morfologia e a assinatura geoquímica das rochas, são importantes para demonstrar que a crosta do território emerso se prolonga pelo mar. Por outras palavras, até onde vai a dita “plataforma continental”, que o país quer ter sob sua jurisdição, mais os seus potenciais recursos.

No caso dos montes submarinos Tyro, Cruiser e Irving e da zona de fractura de Hayes, o objectivo é ter mais amostras que provem que as rochas destes locais têm, de facto, uma assinatura geoquímica idêntica à das rochas dos Açores. Aqueles montes e aquela fractura na crosta situam-se precisamente perto dos limites sul da plataforma continental que Portugal reivindica na ONU, daí a importância de demonstrar que há uma continuidade geológica dos Açores até a essas zonas.

Se é fácil depreender que os montes submarinos são elevações no fundo do mar (o Tyro, o Cruiser e o Irving estão só a cerca de 800 metros de profundidade), quanto à zona de fractura Hayes é preciso dizer que está ligada a uma estrutura incrível que percorre o Atlântico de alto a baixo. É a Dorsal-Médio Atlântica, que parece uma coluna vertebral. Aí está a formar-se crosta terrestre nova, por isso as placas tectónicas estão a afastar-se lentamente umas das outras. Esta cordilheira, não muito longe dos Açores, é cortada transversalmente por muitas fracturas — uma delas é precisamente a zona de fractura de Hayes, a 2000 metros de profundidade.

A equipa da EMEPC já tinha estado na zona de fractura de Hayes em 2012, numa missão chefiada, tal como agora, pelo geólogo Pedro Madureira. O que tem de interessante a zona de fractura de Hayes para Portugal é que a assinatura geoquímica das rochas é diferente de um lado e do outro desta depressão.

Os cientistas querem obter mais provas de que a assinatura geoquímica do bordo norte da fractura tem paralelo com a dos Açores. “A sul da fractura de Hayes já se encontra outra assinatura geoquímica, por isso ela é um limite”, explica Pedro Madureira. E depois, usando os critérios da Lei do Mar, contam-se 60 milhas para sul e marca-se um dos limites da plataforma continental.


Na missão serão ainda testados uma série de equipamentos novos no robô Luso, desde um software de apoio à navegação e aparelhos para apanhar sedimentos (ambos desenvolvidos em Portugal) até a uma máquina fotográfica de alta resolução. Com esta máquina, os biólogos registarão a vida nas profundezas, ou não fosse a caracterização da biodiversidade nos três montes submarinos outro objectivo da missão.

E se se confirmarem os actuais indícios (excesso de metano na água) de que há fontes hidrotermais na fractura de Hayes (emanações de água quente com gases e metais que despertam interesse a biólogos, geólogos e a muitos de nós), essa será uma boa surpresa.

Fonte: Público



Portugal vai reforçar proposta para o alargamento da plataforma continental


Portugal pretende reforçar uma proposta entregue às Nações Unidas sobre o alargamento da plataforma continental para lá das 200 milhas náuticas. A notícia é avançada na edição deste sábado do jornal Público.
Até ao próximo verão, o país planeia ter pronta uma adenda a essa proposta entregue à ONU em 2009, e que tem estado, desde então, a ser apreciada pelos peritos da Comissão de Limites da Plataforma Continental, refere o jornal. Nos últimos anos surgiram novos dados e são “precisamente todos esses dados obtidos desde 2009 que Portugal tenciona ter prontos para entregar na ONU até ao Verão de 2017 como adenda”, adiantou ao Público Isabel Botelho Leal, responsável à frente daEstrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC).
Embora seja designada por “adenda”, a nova documentação poderá não ter exactamente esse formato, afirmou Pedro Madureira, também da EMEPC, em declarações ao jornal. “A ideia é apresentar a proposta toda, com os cadernos alterados com os novos dados desde 2009”, acrescentou.
Os dois especialistas vão apresentar o projecto, que visa o alargamento da plataforma continental, ao Presidente da República hoje (29 de agosto), durante a sua visita às ilhas Desertas e Selvagens. Já na sexta-feira, 2 de Setembro, Marcelo Rebelo de Sousa partirá de Lisboa numa missão oceanográfica, para obter mais dados científicos sobre a plataforma continental, avança o jornal Público.
A proposta portuguesa para extensão dos limites exteriores da plataforma continental para além das 200 milhas marítimas prevê que Portugal ganhe mais de dois milhões de quilómetros quadrados, perfazendo um total de quase quatro milhões de quilómetros quadrados de área sob soberania nacional.
Fonte: Expresso

Governo quer triplicar produção de pescado em aquacultura

Programa MAR2020 vai disponibilizar 78 milhões de euros para financiar investimentos, mais do dobro do que o anterior quadro comunitário. Metas são para atingir até 2023.


Duplicar até 2020 a percentagem de capturas de pesca em Portugal provenientes de aquacultura (passar dos actuais 5% para os 10% que regista a média comunitária), triplicar até 2023 a produção de pescado com origem neste processo de produção (e atingir as 30 mil toneladas) e, finalmente, triplicar o investimento feito no âmbito do ciclo comunitário anterior, passando dos 58 milhões registados durante o PROMAR, para os quase 150 milhões que o Governo espera ver investidos durante o actual quadro, o MAR2020. Estas são as metas definidas pelo Ministério do Mar para impulsionar a aquacultura em Portugal e que resultarão da entrada em vigor de um conjunto de medidas a anunciar terça-feira, Aveiro.

Ana Paula Vitorino, que tutela a pasta, diz que as expectativas são mais realistas do que ambiciosas. E, se em causa está duplicar ou triplicar indicadores, significa que se parte de uma base “que tem um enorme potencial de crescimento”, assegura.

O plano Aquacultura+, apresentado dentro de três dias numa cerimónia que conta também com a presença do Ministro do Ambiente, procura mostrar o empenho do Governo em contornar todos os problemas que estarão a impedir o aparecimento de mais empreendedores numa área “que pode ter um contributo muito positivo para o equilíbrio da balança comercial”. “Há uma grande margem de progressão da exportação para os países comunitários, onde existe uma grande procura. E também seria importante para diminuir as nossas próprias importações”, contabiliza a ministra.

Partindo de uma base em que existem apenas 1547 estabelecimentos produtivos, sendo que apenas 13 têm produção anual acima das 100 toneladas, e que são 2572 os postos de trabalho directos (sendo que apenas cinco empresas têm mais de dez trabalhadores), Ana Paula Vitorino reconhece que existe um problema de dimensão. “O papel que o Governo pode assumir para alterar este estado de coisas é criar as condições para que surjam mais empreendedores nesta área”, afirma. Para isso, são necessárias intervenções em três áreas consideradas estruturantes: melhorar o licenciamento, assegurar possibilidades de financiamento e fornecer um guião, em termos de ordenamento do território, que indique aos potenciais interessados as áreas que já estão identificadas como adequadas para esta indústria.

Ao nível do licenciamento, e depois de ter aprovado em conselho de ministros a proposta de decreto de lei que vai ser enviada à Assembleia da República, Ana Paula Vitorino espera que no dia 1 de Janeiro de 2017 já possa estar em vigor a legislação “que encurta o actual calvário” a que estão sujeitos os empresários que querem iniciar-se nesta actividade: a figura do interlocutor único, e a disposição de prazos mínimos (32 dias úteis) e máximos (120 dias uteis) para a tomada de uma decisão. “Actualmente podem passar-se três anos, serem precisos nove interlocutores e, mesmo assim, corre-se o risco de, a meio do processo, uma indicação de parecer positiva passar a negativa. Isto dava muita insegurança aos investidores”, diz a ministra. 

Relativamente ao financiamento disponível, o programa MAR2020 vai disponibilizar uma verba de 78,7 milhões de euros para comparticipar projectos de aquacultura (mais do dobro do que o PROMAR), com verbas a fundo perdido que podem chegar aos 60%. “É expectável que o investimento global possa chegar aos 150 milhões. Recordo que no ciclo comunitário anterior, o investimento global ficou nos 58 milhões de euros”, contabiliza Ana Paula Vitorino. Sobre o ordenamento do território, o Ministério do Mar e o Ministério do Ambiente já identificaram as áreas onde poderão ser apresentadas propostas de investimento. Estará disponível online um portal onde os empreendedores podem procurar a informação de que necessitam.

Em 2014, a aquacultura nacional pesou cerca de 5% nas capturas de pesca nacional, com uma produção de 10.791 toneladas, tendo gerado uma receita de 50,3 milhões de euros. Estes números surgem num país em que o consumo per capita é de 56,7 quilos, muito acima da média da União Europeia, que é de 21,3 quilos. “Há aqui um leque de oportunidades elevadíssimo”, contabiliza a ministra. 

Fonte: Publico 

Na solidão dos mares


Para Steven Spielberg, Tubarão (1975) foi um decisivo objecto de viragem, envolvendo não apenas a gestão da sua criatividade pessoal mas também o seu poder de decisão no interior da grande máquina de Hollywood. Ainda assim, como depois veio a declarar, foi a primeira e última vez que fez um filme passado na água. Compelido a lidar com o mau funcionamento do tubarão mecânico (estava-se longe das proezas digitais da actualidade), enfrentando as dificuldades muito práticas de rodagem em pleno oceano, achou por bem encerrar o capítulo marinho da sua carreira. O certo é que, como o próprio Spielberg já reconheceu, a ameaça das imagens do mar em Tubarão envolve uma simbologia da solidão que, na sua história pessoal, remete para o trauma da separação dos pais (com um novo e decisivo capítulo, cinco anos mais tarde, em E.T., o Extraterrestre).
Este tipo de componentes em filmes de grande sucesso é quase sempre descartado em nome da sua condição de objectos "comerciais". Claro que são raros os blockbusters capazes de exibir o brilhantismo de Tubarão (temos assistido mesmo a uma degradação de padrões induzida pela guerra comercial entre os impérios da BD, Marvel e DC Comics). Em qualquer caso, seria interessante voltarmos a mostrar alguma disponibilidade para lidar com a dimensão mais espectacular do cinema (americano ou não) para além da rejeição, automática e preconceituosa, dos seus valores narrativos.
É também por isso que um filme como Águas Perigosas possui um fascínio muito primitivo. As suas imagens do mar (mesmo que geradas por recursos digitais) nada têm que ver com qualquer visão "metafísica" da prática do surf pelos "famosos" - são apenas cenários depurados de um medo primordial, para o qual, com ou sem tubarões, as palavras sempre faltam.
Fonte: João Lopes - DN

Perdas nos contentores podem chegar aos 10 mil milhões

As companhias de transporte marítimo de contentores arriscam  sofrer  este ano perdas de 10 mil milhões de dólares, prevê o CEO da SeaIntelligence Consulting, Lars Jensen, numa nota divulgada.




Aquele especialista lembra que 13 das 20 maiores companhias mundiais do sector acumularam perdas de 2,5 mil milhões de dólares (2,2 mil milhões de euros) no primeiro semestre do ano e que o prejuízo total das 20 deverá rondar os quatro mil milhões de dólares (3,5 mil milhões de euros).
“Os resultados pioraram claramente do primeiro para o segundo trimestre de 2016, logo, se as condições de mercado não mudarem substancialmente, o sector pode registar prejuízos de oito a 20 mil milhões de dólares [7,1 a 17,7 mil milhões de euros] no ano completo de 2016”, perspectiva Lars Jensen, citado pela assessoria de imprensa.
As previsões da SeaIntelligence Consulting são ainda mais preocupantes do que da Drewry. A consultora antecipou, num relatório publicado este mês, prejuízos globais de cinco mil milhões de dólares (4,4 mil milhões de euros) para o sector do transporte marítimo de contentores no ano em curso.
Ainda segundo a Drewry, as companhias marítimas de transporte de contentores estão em rota para 29 mil milhões de dólares de receitas este ano, que assim será o pior para a indústria desde 2009. Tudo por causa da fraca procura e do excesso de oferta de capacidade que corroem as tarifas.
Fonte: T e N

Noruega atribui mais alta condecoração militar a um pinguim

O Brigadeiro Sir Nils Olav é oficialmente o pássaro mais graduado do mundo. O pinguim recebeu a mais alta honra militar da Noruega.


Sir Nils Olav foi condecorado esta semana com o grau de Brigadeiro, a mais elevada honra militar da Noruega. Até aqui, tudo normal. Só que Sir Nils Olav é um pinguim.

O pinguim vive no Jardim Zoológico de Edimburgo, na Escócia, e é a mascote da Guarda Real norueguesa. Adoptado em 1972, quando a Guarda Real se encontrava na cidade para uma parada militar, o pinguim Nils Olav foi condecorado com um novo grau de todas as vezes que a Guarda visitou Edimburgo. Em 2008, tornou-se cavaleiro da Guarda Real norueguesa, passando a chamar-se Sir Nils Olav. Na altura, o rei do país enviou uma mensagem para a cerimónia de condecoração, em que garantiu que Nils Olav estava “a todos os níveis qualificado para receber a honra e a dignidade de cavaleiro”.

Fonte: Observador

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Este paraíso tem uma lagoa cor-de-rosa

Foto: Walter Rodriguez/Flickr
Do México chegam fotografias de uma lagoa cuja água apresenta uma cor incomum. Já são conhecidas algumas paisagens naturais com águas diferentes, como é o caso da lagoa das sete cidades, nos Açores, que é verde e azul, mas há poucas cor-de-rosa.  
Este fenómeno natural encontra-se na costa de “Las Coloradas”, na península de Yucatán, México.
A zona costeira faz parte da Reserva Protegida de Rio Lagartos, que inclui mais de 60 hectares de praias, florestas e dunas.
A cor exclusiva que dá nome à lagoa é fruto da presença de microrganismos marinhos que contêm betacaroteno.   
Todavia, não é a única. O lago salgado de Koyashskoye, na Crimeia, alterna a sua cor entre rosa e vermelho devido à alta concentração de algas microscópicas e uma grande comunidade de camarões. Outros lagos na Austrália também são cor-de-rosa pelas mesmas razões.
De todos os “paraísos rosa”, a estância de “Las Coloradas” parece ser a mais bonita. Vários turistas que visitaram a praia, publicaram fotografias nas redes sociais e acrescentam descrições que apontam para um local quase deserto, ideal para umas férias longe das multidões.
Fonte: TVI24





Banhada por quatro mares: 15 praias mais espectaculares da Itália


Com mais de 7 mil km de costa, a Itália esbanja diversidade e beleza quando o assunto é praia. Banhada por quatro mares, Mediterrâneo, Tirreno, Adriático e Jónico, o país têm algumas das enseadas mais lindas do mundo. Durante o verão, turistas e italianos procuram relaxar, descansar e aproveitar todo esse património natural. Confira abaixo as 15 praias mais belas da Itália: 

Isola dei Conigli, Sicília 

Situada na ilha de Lampedusa, a 100 km do litoral siciliano e mais perto da Tunísia do que da Itália continental, a "Praia dos Coelhos" foi eleita a melhor do mundo pelos usuários do site de turismo TripAdvisor. E não são só humanos que a apreciam: ela também é a preferida das tartarugas do mar Mediterrâneo para desova, entre Junho a Agosto. Como a espécie Caretta caretta está à beira da extinção, a praia é aberta ao público apenas entre 08h30 e 19h30. A ilha de 5 mil habitantes é ideal para turistas que gostem de snorkeling devido a sua incrível fauna marinha e suas águas cristalinas. 

Bue Marino, Sicília 

Três km de areia finíssima e dourada, um mar composto por várias tonalidades de azul e montanhas ao fundo. É assim o visual das praias na ilha Favignana, na Sicília. A praia da cidade de San Vito Lo Capo, Bue Marino, foi eleita num concurso da entidade ambiental Legambiente como a mais bonita da Itália. Também fica perto da intocada reserva natural de Zingaro. 

Calla Rossa, Sicília 













Localizada na costa de Favignana essa praia tem um aspecto selvagem, totalmente isento de intervenção humana, e pertence à reserva natural do arquipélago Egadi. Lendas contam que o nome Calla Rossa (Enseada Vermelha) se deve ao sangue dos romanos que ali foi derramado durante a Primeira Guerra Púnica (264 a.C.-241 a.C.). Na verdade, a costa rochosa e coberta por vegetação mediterrânea lhe dá um tom rosado, realçado pelo contraste com o azul turquesa do mar. 

La Pelosa, Sardenha 

No extremo nordeste da outra grande ilha italiana, a Sardenha, a praia La Pelosa é de tirar o fôlego. Toda a sua extensão de areia branca é acompanhada por um caminho de vegetação mediterrânea. Por isso, dizem que a enseada exala um perfume natural de plantas e especiarias. O seu único defeito é que gente demais a conhece: durante o verão, fica sempre lotada. 

Cala Goloritze, Sardenha 

É tão bonita e singular que, em 1995, a Unesco declarou a praia Cala Goloritze como monumento italiano natural. A beira-mar é bem pequena, mas desfruta de belezas excêntricas, como a areia marfim e uma alta montanha de rocha em sua extremidade. Só é possível chegar até a praia por meio de barcos ou encarando uma longa e íngreme trilha a pé. 

Spiaggia Giunco, Sardenha 

Conhecida também como "praia de dois mares", Giunco é banhada pelo Mediterrâneo e pela Lagoa Notteri. A praia de água salgada e doce tem areia muito macia e localiza-se no extremo sul da Sardenha. No inverno, a Lagoa Notteri, a maior da ilha, se torna a casa dos flamingos-rosados.

Cala Brandinchi, Sardenha 














Perto de San Teodoro, no norte da Sardenha, a enseada Brandinchi é exuberante e lembra bastante o mar caribenho, com águas rasas e calmas, parecendo até uma piscina natural. Por isso, é indicada para casais com crianças. 

Baia delle Zagare, Puglia 













Localizada na costa da Puglia, no sul da Itália, essa praia é uma boa opção para quem não quer sair do continente. Com quase um quilometro de areia fina e branca, a beira-mar é cercada por paredes de pedra. Por isso, a sua entrada é somente pelo mar ou por um luxuoso hotel que tem um elevador exclusivo até a praia. 

Punta della Suina, Puglia 

Banhada pelo mar Jónico, a praia Punta della Suina fica na região da Puglia e é escondida por uma floresta de pinheiros, embora seja de fácil acesso. A enseada tem uma característica geográfica curiosa: uma espécie de península rochosa que forma uma espécie de cais natural. 

Grotticelle, Calábria 


















A baía de Grotticelle, na Calábria, é formada por três praias, uma ao lado da outra. As águas cristalinas exibem vários tons de azul, e a areia é fina, mas também conta com pedrinhas. O acesso pode ser feito com carro. 

Marasusa, Calábria 

É uma das praias de Tropea, na região da Calábria, e é conhecida pelo mar que lembra muito o caribenho. A enseada é vigiada por uma montanha rochosa que abriga uma igreja. No passado, o santuário era rodeado pelo mar. 

Cala Monte di Luna, Campânia 

Localizada na região da Campânia, cuja capital é Nápoles, a praia Cala Monte di Luna é famosa não pela areia fofinha, mas sim pelas paredes rochosas que rodeiam o mar. A sua costa é cheia de grutas e túneis, por isso, o mais recomendável é pegar um barco para curtir as paisagens exuberantes e ouvir as lendas dos antigos marinheiros da região. 

Arenella, Toscana 














Na região da Toscana, a praia de Arenella é uma das poucas da ilha de Giglio, onde naufragou o navio Costa Concordia, que têm fácil acesso. Para apreciar suas cores belíssimas, a sugestão é um cómodo tour de táxi aquático. 

Mezzavalle, Marcas 

Com uma longa orla de areia, a praia de Mezzavalle, na região de Marcas, fica às margens do Adriático e é cercada por vegetação mediterrânea. A imensa enseada preserva o seu estado selvagem, com uma natureza praticamente intocada por humanos. Por isso, para ter acesso é preciso enfrentar um caminho difícil. Também é recomendável levar água e comida. 

Monterosso, Ligúria 

A única praia de areia das famosas Cinque Terre, cinco cidades coloridas situadas em cima de precipícios na Ligúria, fica a dois passos de Monterosso. A pequena praia presenteia o turista com águas cristalinas para se refrescar no verão, e no inverno é propícia para quem procura romantismo.

Fonte: Bonde

O fundo do Mar é um espelho

Abzû é um mergulho no desconhecido, levando o jogador a explorar um mundo subaquático enquanto medita sobre o que deixou à tona.


No último videojogo analisado, Adrift, o convite era explorarmos o desconhecido acima de nós. Com Abzû o convite é o mesmo, mas desta vez descemos ao negrume das profundezas aquáticas, literalmente mergulhando no desconhecido, comungando com a natureza e deixando a água abraçar o nosso corpo, a nossa curiosidade do que por lá estará escondido.

Produzido pela Giant Squid, esta é uma obra relativamente curta, mas que preenche essa curta duração com incontáveis gatilhos para memórias futuras, aproximando quem joga de uma fauna carismática e orgânica: Abzû é a transformação do jogador num Jacques Cousteau de sofá, faltando apenas incluir a boina encarnada e o Calypso.

É fácil descrever o corpo de Abzû: controlamos uma protagonista que mergulha no desconhecido, sendo a nossa tarefa guiá-la por aquela enorme bacia azul, interagindo com os pontos de interesse pressionando apenas um botão, fazendo lembrar Ecco the Dolphin. Podemos progredir a nosso bel-prazer, à velocidade que nos for mais conveniente, com a obra a prestar-se a não interferir muito com a nossa viagem.

É o comungar com vários tipos de animais marinhos, descobrindo-os pelo caminho, avistando-os a nadar em cardume, tendo a possibilidade de surfar o subaquático agarrados às suas barbatanas, ou seja, Abzû parece querer que coloquemos em pausa a nossa condição terrestre, dando-nos momentaneamente a habilidade de respirar debaixo de água sem constrangimentos.

O resultado é uma obra com um grau elevado de imersão e, curiosamente, o desnovelar da identidade da nossa representação no jogo, o que dá um novo ponto de vista à ideia base da narrativa – não o que estamos a fazer, mas sim com quem o estamos a fazer. Não pensem, porém, que vão encontrar puzzles ou criaturas a tentar dificultar-vos a passagem: Abzû é na sua essência semelhante a títulos como Dear Esther e Journey, ou não fosse o seu director Matt Nava, que teve a função de director artístico na obra da thatgamecompany.


Onde Abzû se distancia de Adrift e se afirma como uma obra interessante é na presença orgânica. Ou seja, ambos colocam-nos a explorar o desconhecido, mas o título de hoje mune-se de emoção, distanciando-se do estéril. Percorrer este mundo abraçado a um espécimen de uma espécie diferente, contar com a ajuda de pequenos companheiros momentâneos para ajudar à progressão, parar a observar o torcer e retorcer de um turbilhão de peixes, dar-lhes liberdade, são tudo exemplos vários de como estamos perante uma obra que remexe a gaveta das emoções.

Há alguns trechos na recta final e alguns momentos de exploração em locais mais apertados do cenário onde o esquema de controlos não consegue dar totalmente conta do recado. É verdade que há várias opções que podem ser ajustadas, contudo é também verdade que os ângulos mostrados pela câmara nestes momentos não beneficiam a tranquilidade, obrigando o jogador a lutar com aquilo que não devia, ou seja, com a direcção dada à personagem.

Felizmente são soluços ocasionais que não deturpam a mensagem como um todo, especialmente se tivermos em consideração que a grande fatia de Abzû decorre em águas abertas, o que facilita a locomoção da personagem. Outros trechos bem conseguidos estão relacionados com as curtas viagens feitas ao sabor da corrente em que somos convidados a usar o sonar para convidar outras espécies para a viagem. São momentos curtos, mas amplamente eficazes.

Apesar de não haver indicações no ecrã para onde temos de nos deslocar para progredir na jornada, o design dos níveis é suficientemente inteligente para nunca nos deixar sem saber o que fazer. Há indícios visuais que subtilmente indicam o caminho a seguir, dando-nos um ligeiro empurrão na direcção certa quando decidirmos que já pensamos ter visto tudo o que havia para ver naquele talhão de água.

Sobre isto há apenas mais um pormenor a anotar: sem monstros nem gritos de terror, Abzû oferece alguns calafrios graças aos metros verticais que podemos mergulhar. Chegar ao fundo é, em alguns casos, sermos assaltados pela solidão e pela claustrofobia. É uma obra exímia em misturar esta amálgama de sentimentos, levando-nos a zarpar e a dirigirmo-nos a águas mais claras com aquela urgência de quem tem um monstro debaixo da cama.

É nos seus componentes técnicos que esta obra se afirma. Misturando vários tons de azul com verdes e amarelos, contrastando com o breu do parágrafo anterior, tudo isto salpicado pelas locomoções das criaturas marinhas: é assim que Abzû quer ficar na memória de todos que o jogarem. Não são apenas texturas bem definidas e efeitos inspirados, aqui tudo isso é manobrado pela batuta da direcção artística para assegurar que o tempo dado à descoberta é recompensado.

Tudo adornado com uma banda sonora que está presente de forma assertiva para dar embalo e sublinhado; tudo ao serviço de uma viagem que faz repousar a cabeça na almofada, levando-nos pela imaginação fora, quase como um retiro de tudo e de todos, uma confraternização connosco próprios através destes quadros em movimento.

É muito provável que não fique tudo visto quando se termina Abzû pela primeira vez, algo que não é negativo, pois estes cenários onde se navega dispensando de bom grado a bússola não prolongam a sua estadia numa segunda ou terceira visita, meditando nos locais indicados. No fundo, estamos perante um produto acabado para cada jogador construir emocionalmente sobre. Estamos tão longe de casa, submersos numa água que deixa de ser transparente com o reflexo que cada quiser ver.

Fonte: Público

Concessões portuárias renderam 16,2 milhões no primeiro trimestre

As administrações portuárias de Leixões, Aveiro, Lisboa, Setúbal e Sines encaixaram 16,2 milhões de euros, no primeiro trimestre, das respectivas concessões, maioritariamente de terminais de movimentação de mercadorias, apurou a UTAP (Unidade Técnica de Acompanhamento de Projectos).


Na comparação com o primeiro trimestre de 2015, verifica-se uma quebra de rendas de cerca de 3%, que contrasta com o aumento de 7% nas mercadorias movimentadas pelas concessões (18,9 milhões de toneladas). Mas a UTAP desvaloriza a situação.
Para o final do ano, a estimativa das rendas pagas pelas concessões às administrações portuárias é de 69,4 milhões de euros, valor que  concretizar-se superará os 68,8 milhões de euros do ano passado mas ficará abaixo do máximo de 70,4 milhões de euros registado em 2014.

APDL é quem mais recebe

A APDL continua a ser a administração que mais recebe das concessões. No primeiro trimestre foram 7,1 milhões de euros (44% do total), menos 5% em termos homólogos.
Seguiu-se-lhe, a grande distância, a autoridade portuária de Sines, com um total de 3,95 milhões de euros, a receber mais 3% do que no primeiro trimestre de 2015.
Em Lisboa, as  rendas das concessões baixaram 6% at+e aos 3,5 milhões de euros, ao passo que em Setúbal se mantiveram nos 1,6 milhões de euros e em Aveiro recuaram 6% para 112 mil euros.

TCL é quem mais paga

Sozinha, a Terminal de Contentores de Leixões, concessionária da infra-estrututura com o mesmo nome, arca com 27% das rendas pagas pelos detentores de concessões portuárias. A empresa agora detida pelos turcos da Yilport pagou, só entre Janeiro e Março, 4,4 milhões de euros à APDL.
Neste ranking particular das concessionárias, o grupo Petrogal é o segundo classificado, mercê da concessão do terminal de granéis líquidos de Sines (pagou 2,1 milhões de euros à APS) e da concessão do terminal de produtos petrolíferos de Leixões (pela qual pagou 1,5 milhões de euros à APDL).
A concessão do terminal multipurpose de Sines rendeu à administração portuária do porto alentejano 1,2 milhões de euros. Acima do milhão de euros de rendas pagas situaram-se ainda os terminais de contentores de Santa Apolónia, em Lisboa, com 1,1 milhões, e o terminal de carga geral e granéis de Leixões, com um milhão de euros.
Fonte: T e N

Água do mar nunca esteve tão quente em 35 anos

A temperatura da água do mar no Algarve registou em Julho valores superiores em cerca de dois graus Celsius em relação ao mesmo período de 2015, anunciou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.


A temperatura da água do mar no Algarve registou em Julho valores superiores em cerca de dois graus Celsius em relação ao mesmo período de 2015, anunciou hoje o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
De acordo com a informação disponível na página da internet do IPMA, durante o mês de julho a temperatura da água do mar na costa sul do Algarve apresentou uma tendência de subida, verificando-se valores médios entre 22 a 23 graus na região de Sagres e superior a 24 graus a leste de Faro.
Segundo o IPMA, entre meados de Julho e meados de Agosto a boia ondógrafo de Faro do Instituto Hidrográfico registou temperaturas entre os 22 e os 26 graus, valores superiores aos verificados em igual período de 2015, “de que são exemplo os registos de 17 a 19 graus entre Sagres e Portimão e de 22 a 23 graus próximo de Vila Real de Santo António”.
“Quando comparando com o período de referência 1981-2010, verifica-se que, entre 17 de Julho e 13 de Agosto de 2016, a anomalia da temperatura da água do mar na região [do Algarve] foi de 0,5 a um grau centígrado, sendo que os valores típicos neste período se encontram no intervalo entre 22 e 24 graus”, referiu ainda o IPMA.
O instituto atribui a subida da temperatura da água do mar da costa sul do Algarve aos “episódios de vento de levante no estreito de Gibraltar, ao qual está associado um transporte de águas mais quentes do Mediterrâneo para o oceano Atlântico, e que atingem a costa sul da Península Ibérica, em particular o sotavento algarvio”.
Na segunda quinzena de Julho e na primeira quinzena de Agosto, “o regime de levante no estreito de Gibraltar ocorreu com persistência, e com interrupções pouco duradouras, favorecendo assim, a manutenção de ­temperaturas superficiais elevadas”.
O instituto indicou ainda que, durante este período, na costa oeste do continente, a temperatura da água do mar variou entre os 15 e os 19 graus, registando-se a partir do final de Julho um aumento gradual da temperatura da água do mar a sul da Península de Setúbal, com valores entre os 20 e 23 graus em meados de Agosto.
Fonte: Observador

Pescador guardava pérola de 34 quilos debaixo da cama


Um pescador filipino escondeu debaixo da cama, durante dez anos, uma pérola, com 34 quilos, que poderá ser a maior do mundo.

O filipino descobriu a pérola no interior de uma ostra-gigante, na qual a âncora do seu barco tinha ficado presa, contou Cynthia Amurao, responsável do turismo de Palawan, a maior ilha a oeste do país.
Desconhecendo que a sua descoberta, com 30 centímetros de espessura e 60 de comprimento, poderia valer milhões, o pescador guardou a pérola como um talismã debaixo da cama.

Em Julho, deu a pérola a uma tia e pediu que a guardasse.

“Fiquei espantada quando vi a pérola em cima da mesa da cozinha. Propus expor a pérola”, contou Amurao.
A pérola encontra-se, desde segunda-feira, numa vitrina da câmara de Puerto Princesa, capital de Se for considerada legítima, poderá ser a nova detentora do título de “maior pérola do mundo”, ultrapassando a “pérola de Alá” ou “pérola de Lao Tzu”.

Esta pérola, que também foi encontrada em Palawan, na década de 1930, tem apenas cerca de seis quilos mas foi avaliada em dezenas de milhões de dólares.
“O pescador não assinou qualquer documento de doação à cidade”, sublinhou um responsável de Puerto Princesa, Ricard Ligad. “A pérola continua a pertencer-lhe”, acrescentou.
De acordo com a imprensa, a pérola poderá ser avaliada em cerca de 100 milhões de dólares.Palawan. Os responsáveis da ilha esperam a avaliação de gemólogos.

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