segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Fitch revê em baixa outlook do Transporte Marítimo

A Fitch Ratings reviu em baixa, de estável para negativo, o outlook do sector do transporte marítimo global para 2016. O mercado de contentores será o mais problemático.



“Prevemos que o ténue crescimento do comércio mundial e o abrandamento económico nos mercados emergentes vão agravar a sobrecapacidade, levando à queda e fragilidade dos preços dos fretes”, refere a agência de notação financeira numa nota de imprensa.
A Fitch salienta, porém, que haverá comportamentos diferentes nos vários segmentos de mercado, com os granéis sólidos e a carga contentorizada sob pressão e os navios petroleiros e de transporte de GNL a registarem melhorias.
No caso do transporte marítimo de contentores, “esperamos que a capacidade do transporte de contentores aumente 6% em 2016, que se juntará aos 9% registados em 2015; um crescimento muito superior à subida da procura, que será de 2% este ano e de 3% a 4,5% em 2016”, indica a nota da Fitch.
As companhias já estão a implementar medidas defensivas, como o “slow steaming”, a imobilização de navios e o cancelamento de rotações, e há ainda a ajuda dos baixos preços do bunker. “Porém, acreditamos que estas medidas são insuficientes para levar a uma recuperação de longo prazo no sector”, avisa a empresa.
A Fitch acredita que as maiores companhias, que já implementaram medidas de cortes de custos, poderão manter-se lucrativas em 2016, mas as empresas “mais pequenas, sem notação, em especial os transportadores de granéis sólidos” têm mares revoltos à sua espera, com possibilidade de se registarem insolvências, avisa.
Os analistas do sector não receberam a notícia do “downgrade” do rating por parte da Fitch com grande surpresa.
“Não há razões para optimismo, mesmo que ligeiro, para crescimento dos fretes médios até 2017”, escreve, num artigo que escreve na revista “Maritime CEO”, Jeffrey Landsberg, da Commodore Research.
Lars Jensen, da SeaIntel, avisa, na mesma publicação, que “os problemas estruturais de sobrecapacidade não serão resolvidos nos anos mais próximos”.
Fonte: T e N

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