quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Paulo Portas dá Estaleiros de Viana como exemplo de "gestão privada mais eficiente"


O presidente do CDS-PP, Paulo Portas, visitou os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), que considerou um exemplo de "gestão privada mais eficiente" e de "economia do século XXI", após a privatização.

"Prestámos um serviço à estratégia industrial para Portugal. Portugal é um dos países com mais responsabilidades marítimas na União Europeia, vamos ter uma plataforma continental muito relevante e maior, seria um disparate completo perdermos a capacidade de construção naval", afirmou Paulo Portas.

Para o também vice-primeiro-ministro, os ENVC são um exemplo de "economia do século XXI" e "gestão privada mais eficiente", argumentando que o actual Governo herdou um "prejuízo diário de 110 mil euros, um passivo superior a 250 milhões de euros, um plano de despedimentos já assinado pelo anterior Governo e um problema muito sério em Bruxelas visando auxílios de Estado".

"Faço esta visita aos ENVC com uma certa emoção porque estes estaleiros que correram risco de vida são essenciais na construção e reparação naval de Portugal, que é um país oceânico e marítimo, estão vivos, estão com trabalho e estão com trabalhadores", disse.

De acordo com Paulo Portas, actualmente, os estaleiros têm quatro navios em construção, dois para turismo no Douro e dois de patrulhamento marítimo da Marinha portuguesa e empregam 220 pessoas directamente e 283 através de subempreiteiros, sendo que a força de trabalho é composta por um terço de trabalhadores que estiveram ao serviço dos antigos estaleiros.

"O ministro Aguiar-Branco estava certo quando defendeu a reestruturação", disse o presidente centrista.

A WestSea, empresa criada pelo grupo Martifer, que em 2013 venceu o concurso de subconcessão daquele estaleiro lançado governo português, assumiu os terrenos e infraestruturas da empresa pública no dia 02 de maio de 2014, pagando uma renda anual de 415 mil euros.

Neste processo, abandonaram os ENVC mais de 600 trabalhadores, através de um processo de rescisões amigáveis.

Em maio último a Comissão Europeia anunciou que as ajudas atribuídas pelo Estado aos ENVC, violavam "as regras de auxílios estatais da União Europeia", ao distorciam a concorrência no mercado único.

Fonte: Cargo

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