segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Maiores quotas de pesca trazem mais benefícios económicos


Portugal conseguiria mais benefícios económicos se atribuísse maiores quotas de pesca às embarcações que dão mais emprego e têm menos impactos ambientais. Esta é a proposta de que Aniol Esteban, biólogo e especialista em economia do ambiente, que esteve na Fundação Gulbenkian no passado dia 25 de Setembro. Apresentou o BEMEF - Modelo Bio Económico das Frotas Europeias sobre os benefícios económicos da pesca sustentável. 
O BEMEF é o primeiro modelo que avalia os impactos económicos da redistribuição das quotas de pesca pelas diferentes frotas da UE através de critérios económicos e ambientais (criação de emprego, consumo de combustível, lucros e esforço de pesca), uma melhoria face ao actual modelo, que se baseia apenas nos dados históricos de capturas e por isso beneficia as frotas maiores e menos ecológicas.
Foi desenvolvido ao longo de dois anos para ajudar os Estados-Membros a melhorar a gestão das pescas, e assim assegurar a sustentabilidade dos stocks de peixe, um bem público de livre acesso.

Nesta apresentação, Aniol Esteban analisou também os actuais padrões de consumo de peixe na Europa e falará sobre o trabalho em curso para identificar os Estados-Membros que estão a atrasar a recuperação dos stocks de peixe na Europa ao encorajarem limites à pesca acima dos recomendados pelos cientistas.

A pesca é particularmente importante em comunidades litorais como Peniche e Nazaré, onde se centram vários projectos apoiados pela Iniciativa Gulbenkian Oceanos. Esta actividade económica permite-nos usufruir de um dos muitos benefícios dos ecossistemas marinhos – a provisão de alimentos.
Fonte: Ciência Hoje

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