sábado, 29 de novembro de 2014

O "demónio negro do mar" foi filmado pela primeira vez


O peixe muito raramente é visto. "Há 25 anos que mergulhamos aqui, e vimos três", contou um dos cientistas responsáveis.
Cientistas no instituto de investigação do Aquário de Monterey Bay (MBARI na sigla inglesa), na Califórnia, filmaram pela primeira vez uma fêmea de uma espécie rara de peixe abissal no seu habitat natural. A filmagem é rara porque estes peixes são muito pequenos e vivem nas profundezas do mar.
Este peixe, parente do tamboril e cujo nome em inglês é "black seadevil", ou "demónio negro do mar" (pertencente à famíliaMelanocetidae), tem uma enorme boca, e caça com a ajuda de um apêndice luminoso que lhe pende da cabeça, com a qual atrai as presas na escuridão dos abismos marítimos.
Os peixes desta espécie muito raramente são vistos, mesmo no vale submarino de Monterey. na costa da Califórnia. "Há 25 anos que mergulhamos aqui", disse o cientista Bruce Robison, do MBARI, ao jornal local San Jose Mercury News, "e vimos três".
Para Robison, o peixe não é feio. "Acho que é lindo", afirmou."Está perfeitamente adaptado ao habitat em que vive e ao tipo de vida que leva". O peixe foi filmado a dois mil metros de profundidade, mas pode viver até quatro vezes mais fundo.
Não se sabe muito sobre o peixe, que mede apenas 9 centímetros, visto que ele é difícil de observar vivo: o seu habitat natural é vasto e negro, e ele sobrevive durante pouco tempo quando capturado, devido às grandes pressões em que está habituado a viver. No entanto, este tem algumas características curiosas. Por exemplo, a fêmea tem um estômago um pouco como um balão, conforme explica o Washington Post, que lhe permite engolir presas maiores do que ela.
O macho desta espécie é muito mais pequeno do que a fêmea, existindo apenas para viver como um parasita dela. "O macho morde o corpo da fêmea, e os seus tecidos fundem-se", explicou Bruce Robison à televisão local KSBW. A pouco e pouco, o corpo do macho vai definhando, vivendo dos nutrientes, oxigénio e hormonas que a fêmea fornece, até se tornar apenas nuns testículos.
O espécime observado pelo MBARI foi capturado, e mantém-se num tanque frio e escuro para ser observado, mas deverá morrer em breve.

Fonte: DN

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