quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Portos. Empresários dizem que estudos estão feitos.

   

Empresários e universidades contra investimentos em novas infraestruturas portuárias porque não há carga suficiente
No fundo, está tudo estudado, o que falta é os políticos começarem a olhar para as fundamentações técnicas e tomarem as suas decisões com base nos estudos, quer nos portos, quer nas ligações ferroviárias. Esta foi uma das mensagens mais ouvidas na conferência organizada ontem pelo Porto de Setúbal subordinada à temática da inserção desta infra-estrutura portuária na “Solução Ibérica Disponível”.
José Crespo de Carvalho, do ISCTE, Augusto Mateus, do ISEG e Marcello Di Fraia, managing director da Grimaldi Portugal, foram algumas das vozes que se levantaram contra a construção de novas infra-estruturas portuárias e ferroviárias em Portugal sem primeiro haver uma consciencialização da capacidade e complementaridade do que já existe, inserindo toda a actual logística numa rede complementar e competitiva.

“No caso dos portos de Lisboa e Setúbal, não se trata de os colocar em oposição mas em desenvolver harmoniosamente as duas infra-estruturas”, defendeu o representante da Grimaldi.


Para Augusto Mateus, parte da solução passa por acabar com a divisão  administrativa entre Lisboa e Setúbal. “Continuar com os dois distritos é um absurdo.”, disse, acrescentando que “mais de dois terços dos impostos provêm destas duas regiões. Ás vezes dá jeito que o nosso PIB seja pequenino, mas em termos práticos tem de se exigir um único sistema portuário das bacias do Tejo e do Sado”. Para o antigo ministro  da economia, “existe hoje um mito sobre uma Lisboa pública e administrativa. quando na prática temos uma capital que é a mais industrial da Europa”.


Também a construção de novas redes ferroviárias foi criticada pelos presentes. “Não sei se existe um estudo com base na origem das cargas não ficcionadas. Não se trata de construir novas ligações ferroviárias, mas fazê-lo porque há cargas. O Estado investe para ser indutor da carga. Mas o que é preciso é bater à porta das empresas e perguntar se estas estão disponíveis  para trocar a rodovia pela ferrovia para se avaliar se há carga ou não. Temos de saber pensar por nós próprios e não nos deixarmos levar por discursos fáceis”.    


Fonte: Ionline.
 





Sem comentários:

Enviar um comentário

Japão aponta para porta-contentores de próxima geração para emissões zero.

As japonesas Imoto Lines ( Empresa de navegação)  e a Marindows ( Empresa de software marítimo), formaram um consórcio para, com o apoio do ...