segunda-feira, 28 de outubro de 2013

15 países querem 10% dos oceanos em áreas protegidas até 2020


Quinze países reafirmaram hoje, em Ajaccio, França, a necessidade de até 2020 transformar 10% dos oceanos em Áreas Marítimas Protegidas (AMP), face aos menos de 3% actualmente existentes, e iniciar em 2014 negociações sobre o estatuto jurídico do alto-mar.

A "Mensagem de Ajaccio" foi adoptada no final do 3.º congresso mundial de AMP, e assinada por países como a Índia, Itália, Chipre, Senegal e Nicarágua.
Países como os Estados Unidos, o Canadá, a Rússia, a Islândia, a Noruega ou o Japão não se fizeram representar a nível ministerial neste congresso, não tendo, por isso, assinado a declaração, indicou à agência noticiosa francesa AFP o presidente da Agência de AMP, Olivier Laroussine.
Estes países, por interesses ligados à pesca, estão reticentes em integrar um compromisso relativamente ao alto-mar, referiu a AFP.
Com "menos de 3% dos oceanos cobertos por áreas marítimas protegidas, o nível de proteção necessário está ainda longe de ser atingido", afirmaram alguns dos ministros signatários.
Reafirmaram também empenho em atingir o objectivo fixado em Nagoya, no Japão, em 2010, de "constituir até 2020 um rede completa e coerente de AMP gerida eficazmente e que cubra 10% dos oceanos".
Ao ritmo actual de criação de AMP seria necessário um século para atingir esse objectivo.
Os signatários da "Mensagem de Ajaccio" apelaram igualmente à comunidade internacional, de forma solene, para a abertura de negociações até ao final de 2014 relativas à criação de um instrumento jurídico internacional de protecção da biodiversidade em alto-mar, que representa 64% dos oceanos mas é totalmente desregulado e sujeito a abusos por empresas de pesca e petrolíferas.
Fonte: RTP

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