sábado, 28 de setembro de 2013

Nova "ilha" surge no mar Arábico após sismo no Paquistão


A força do sismo que abalou, na terça-feira, a região sudoeste do Paquistão fez aparecer uma nova "ilha" no mar Arábico, a várias centenas de quilómetros do epicentro do terramoto, fenómeno que surpreendeu habitantes e cientistas.
O sismo de magnitude 7,8 na escala de Richter fez 328 mortos e 450 feridos, segundo o balanço mais recente das autoridades paquistanesas. Este sismo é um dos mais mortíferos da última década no país.
"Não é uma coisa pequena, mas sim uma coisa imensa que emergiu da água", relatou Muhammad Rustam, um habitante de Gwadar, um porto estratégico localizado a cerca de 400 quilómetros a sul do epicentro do sismo que afetou a província paquistanesa de Baloutchistan.
Após o terramoto, os habitantes de Gwadar viram surgir, a 600 metros da costa, uma grande extensão de terra com cerca de 20 metros de altura, 40 metros de comprimento e 100 metros de largura, de acordo com os dados citados pela agência noticiosa France Press.
"É verdadeiramente muito estranho e um pouco assustador ver de repente uma coisa a surgir da água", disse Rustam.
A nova "ilha" suscitou a curiosidade dos pescadores locais, que foram observar de perto o local, bem como de vários fotógrafos amadores.
Uma equipa do Instituto paquistanês de Oceanografia também se deslocou ao local, tendo verificado uma forte concentração de metano (gás incolor e inodoro).
"A equipa descobriu na superfície da ilha bolhas de natureza inflamável", disse, citado pela France Press, Mohammad Danish, um investigador do instituto público paquistanês.
Para Gary Gibson, sismólogo da Universidade de Melbourne, Austrália, o aparecimento desta ilha a várias centenas de quilómetros do epicentro do sismo é "muito curioso".
"Este tipo de fenómeno já tinha acontecido no passado nesta região, é um acontecimento incomum, muito raro, mas nunca tinha ouvido falar com estes contornos", explicou o perito australiano, numa referência à distância do epicentro.
Esta extensão de terra poderá ser encarada como um "vulcão de lodo", um monte de matérias que foram empurradas até à superfície com a pressão do gás metano durante o sismo, admitiu o especialista.
Os sismos de grande magnitude estão normalmente associados a este tipo de fenómeno.
Em Março de 2011, o sismo de magnitude 9,0 que devastou o Japão, e que originou um violento tsunami, fez deslocar o eixo da Terra em 17 centímetros, o que significou que a rotação da Terra acelerou 1,8 microsegundos. Na altura, a principal ilha do Japão deslocou-se em 2,5 metros com a força do abalo.
Também em finais de Fevereiro de 2010, o terramoto do Chile, com uma magnitude de 8,8, provocou uma mudança de oito centímetros no eixo da Terra.

Fonte: JN

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