domingo, 28 de julho de 2013

Tesouro de 61 toneladas de prata resgatado do fundo do mar


Uma empresa americana recuperou 61 toneladas de prata de um navio de carga britânico que se afundou ao largo da costa da Irlanda durante a Segunda Guerra Mundial. Durante mais de sete décadas, o SS Gairsoppa permaneceu a mais de 4700 metros de profundidade. De acordo com a empresa, esta foi não apenas a maior recuperação de todos os tempos de metais preciosos a partir de um naufrágio, como nenhuma outra tinha acontecido a tão grande profundidade.
No dia 17 de Fevereiro de 1941, o SS Gairsoppa foi torpedeado por um submarino alemão que o detectou a quase 500 quilómetros da costa irlandesa. Apenas uma parte dos lingotes de prata que o navio britânico carregava estavam cobertos por seguro e agora a equipa da Odyssey Marine Exploration conseguiu trazer de volta à superfície mais de 1200 barras que, no total, foram avaliadas em cerca de 28 milhões de euros.
Um bando altamente sofisticado de caçadores de tesouros dos tempos modernos, a empresa tornou-se conhecida depois de um juiz norte-americano ter ordenado à Odyssey que devolvesse quase 348 milhões de euros em moedas de ouro e prata - recuperadas em 2007 - a Espanha, que afirmou que o tesouro fora retirado de uma das suas fragatas. O "Cisne Negro" teria naufragado durante as guerras napoleónicas, em 1804, ao largo da costa portuguesa. Mas a Odyssey argumentou que não só era incerta a origem dos destroços como que a sua descoberta se deu em águas internacionais.
A descoberta do navio pela Odyssey deu-se em 2011 e foi o culminar de uma busca que se prolongava há dez anos. "Não sabíamos onde se encontrava", explicou à NBC o responsável da Odyssey, Andrew Craig. "Foi realmente um daqueles casos em que tivemos de passar a pente fino a zona do naufrágio até nos depararmos com ele."
Através de veículos pilotados remotamente e especialmente concebidos para resistir a pressão àquela profundidade, a equipa conseguiu resgatar cerca de 99% da carga do navio naufragado. Agora, e de acordo com o seu contrato com o Reino Unido, a empresa com sede em Tampa, na Florida, terá direito a ficar com 80% dos lingotes recuperados. Os outros 20% ficaram para o estado britânico.
Segundo o "Daily Mail", o governo britânico tem buscado desesperadamente fontes de receita alternativas e terá sido isso o que levou a Odyssey a contactar o Reino Unido para firmar contratos visando a recuperação de tesouros de navios britânicos afundados.
Fácil de identificar devido ao padrão vermelho e negro da sua pintura, o SS Gairsoppa era um navio a vapor de 412 metros propriedade da britânica Companhia Indiana de Navegação a Vapor. O navio tinha deixado Calcutá na companhia de outros mas perante ventos fortes e um mar agitado o seu capitão apercebeu-se de que não tinha carvão suficiente para chegar a Liverpool. O navio desviou-se dos restantes de forma a chegar ao porto de Galway e foi então que o submarino alemão U-101 disparou os torpedos que, em menos de 20 minutos, afundaram o SS Gairsoppa.
A Odyssey Marine Exploration não pára, e depois desta última descoberta está já no trilho de um novo tesouro, tendo descoberto, em 2011, os destroços do SS Mantola a 2500 metros de profundidade e próximo do local onde o SS Gairsoppa foi encontrado. De resto, a empresa norte-americana continua a vasculhar o fundo do mar em busca do HMS Sussex, que se afundou em 1694 ao largo de Gibraltar, carregando 10 toneladas de ouro, assim como o HMS Victory.

Fonte: Ionline.





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