terça-feira, 18 de junho de 2013

Luta pela compreensão na pesca submarina


Aos 14 anos, o tio de José de Sousa desafiou-o a experimentar a pesca submarina. Com o fato do tio (que lhe ficava grande) e a espingarda, mergulhou e mal sabia que as duas sarguetas que apanhou no porto de abrigo de Sesimbra lhe formatariam a vida.
"Dei uma volta ao mundo debaixo de água, cacei do cabo da Roca a Timor, mergulhei com golfinhos, baleias, jamantas, tubarões e até dugongos, apanhei peixes extraordinários", conta ao DN.
Aos 57 anos continua a pescar, "muitas vezes com o mesmo entusiasmo de menino", mas actualmente  e como presidente da Associação Portuguesa de Pesca Submarina e Apneia, tenta mostrar à sociedade e ao poder político que os constrangimentos legais a que a modalidade está sujeita são injustos, querendo evidenciar que a pesca desportiva não é poluente e que são estes praticantes quem menos pescam durante o ano.
"Nós não abandonamos no fundo anzóis, chumbadas, linhas ou redes. Ainda apanhamos todo este lixo quando o vemos. Terei de frisar que é a única [pesca] seletiva: só nós temos a possibilidade de ver o peixe antes de disparar. Ora, se estamos na presença de um juvenil ou de uma espécie protegida deixamo-los em paz. Com efeito, todas as outras formas de pesca são aleatórias", explica.
José de Sousa salienta que as limitações legais (como por exemplo a diminuição de locais onde se pode pescar) têm contribuído para um decréscimo de números de praticantes (atualmente há cerca de 12 atletas licenciados e alguns de grande qualidade internacional). "Só uma extraordinária paixão pela modalidade sustenta a sua prática regular." E Portugal é um país com excelentes condições, com destaque para a costa sul algarvia.

Fonte: DN

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