segunda-feira, 17 de junho de 2013

Cenário de Sonho na Despedida de Lisboa


Sol, céu azul e vento, o cenário perfeito para a despedida de Lisboa, da frota de MOD70 e do Maxi 80, Prince de Bretagne. Às 14 horas em ponto, os cinco barcos largaram para um pequeno percurso no Tejo, entre a Praça do Comércio e a ponte 25 de Abril, seguindo depois rumo à Irlanda, onde deverão chegar na próxima quarta-feira.

Com duas passagens pontuáveis, a primeira ao largo de Cascais na bóia C1 e outra no Fastnet, a frota de MOD70 prepara-se para enfrentar condições muito difíceis de mar e vento. Em especial, junto ao Cabo Finisterra. Uma frente espera os velejadores, podendo o vento chegar a soprar acima dos 35 nós.
A boa notícia é que a manter-se o quadrante Sul das previsões meteorológicas, os barcos podem não sofrer muitos danos: “Ainda vamos ver como abordar a baixa pressão que sente em Finisterra. A boa notícia é que vamos à popa e, portanto, vai ser uma etapa rápida. Esperamos conseguir andar na luta com os MOD70, como fizemos entre Valência e Lisboa. Vai ser a minha estreia em Dublin”, afirma Lionel Lemonchois, skipper do Maxi 80 Prince de Bretagne.
Classificação 2ª etapa após bóia de Cascais
1º Spindrift
2º Edmond de Rothschild
3º Oman Air – Musandam
4º Virbac-Paprec 70

Classificação geral provisória MOD70
1. Oman Air-Musandam (Sidney Gavignet) 54 pts 
2. Edmond de Rothschild, 52 pts 
3. Spindrift (Yann Guichard) 8 pts
4. Virbac-Paprec 70 (Jean-Pierre Dick), 38 pts

Os Multi50 preparam o embate
As primeiras rajadas já se sentem. O sol e céu azul de Lisboa, desapareceu e a frota de Multi50 está no meio do cinzento. O mar escurece e o vento de sudoeste empurra o líder, o Actual, de Yves Le Blevec , para o meio da depressão centrada no Cabo Finisterra.
Após a largada de Lisboa, os Multi50 depararam-se com vento instável de direcção e intensidade. A primeira noite ainda foi tranquila e permitiu carregar baterias porque não vêm momentos fáceis.
Esta manhã, o Actual e o FenêtréA-Cardinal estavam como numa regata de match racing, separados por uma milha. A dez milhas de distância seguia o Arkéma – Région Aquitaine e a cerca quarenta, o Rennes Métropole – Saint-Malo Agglomération. Por agora, o vento ainda é fraco mas as próximas horas prometem ser duras.
Classificação Multi 50 às 16 horas
1º Actual (Yves le Blevec) a 791,78 milhas da chegada
2º FenêtreA-Cardinal (Erwan Le Roux) a 15,13 milhas
3º Arkéma – Région Aquitaine (Lalou Roucayrol) a 37,54 milhas
4º Rennes Métropole – Saint-Malo Agglomération (Gilles Lamiré) a 109,87 milhas
Citações
Pascal Bidégorry (Spindrift)
“Antes de rumarmos ao largo, tivemos de cumprir um pequeno percurso, muito simpático, no Rio Tejo que nos vai obrigar a trabalhar bastante. É muito importante sair bem do rio porque há uma passagem pontuável em Cascais. Depois, vamos tentar contornar, por Este, uma baixa pressão e chegaremos ao Cabo Finisterra, com ventos com uma intensidade média de 25 nós. Será forte mas não violento. O final da etapa será difícil porque a previsão aponta para que o vento caia entre o Fastnet e Dublin. É um percurso muito interessante ao nível da estratégia e com muita coisa a passar-se até ao Sul da Irlanda.”
Sidney Gavignet (Oman Air-Musandam) : “ Il va y avoir des choses à faire”
O que nos espera nesta etapa? Uma baixa pressão ao largo do Cabo Finisterra. Vai ser interessante porque vamos ter de fazer uma opção táctica para passarmos próximos mas não cairmos no centro. Julgo que Finisterra não será chave na decisão da etapa. Será muito mais a subida da costa portuguesa.
O nosso estado espírito é igual ao que tivemos nas inshore de Lisboa. Há bom ambiente a bordo, ganhámos a primeira etapa e a tripulação está consistente. Estamos tranquilos, esse é um factor que pode fazer a diferença e evita que cometamos erros. Estamos confiantes e satisfeitos de estarmos na luta.”
Sébastien Josse (Edmond de Rothschild) :
“Vamos encontrar condições muito diferentes. Largamos com sol mas, ao final da tarde, o céu vai ficar coberto por causa de uma baixa de pressão situada no Golfo da Gasconha. Vamos contorná-la a Leste e tentar gerir da melhor forma a aproximação do Fastnet. O final da etapa vai ser muito aleatório. Vai haver chuva e muito trabalho a bordo. De qualquer das formas, nesta etapa estamos de volta a locais que conhecemos muito bem. Penso que vai ser uma etapa muito rápida e estaremos em Dublin em menos de três dias.”
Jean-Pierre Dick (Virbac-Parec 70)
“Temos de ser prudentes nas trajectórias e nas opções tácticas. Vai ser uma etapa com condições muito “musculadas”, perto do Cabo Finisterra, com muito mar e uma depressão para evitar por Leste.
Vamos ter fases muito activas nesta regata e em que serão necessários todos os braços a bordo.”
Martin Keruzoré (Fenêtré A-Cardinal)
“Estamos a fazer 18 nós com o Gennaker e começamos a ter mar alteroso. O Actual está com o mesmo vento que nós e já não vimos o Arkema, que está atrás de nós. Estamos a ver a frente a chegar. Tudo está bem a bordo.”

Fonte: Routedesprinces.fr

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