sexta-feira, 26 de abril de 2024

Martifer: Maior investimento em 15 anos nos estaleiros navais de Viana do Castelo


A Martifer avançou finalmente com a construção de uma nova doca seca nos estaleiros navais de Viana do Castelo, destinada à reparação naval e que permitirá captar navios de maior dimensão. 

Avaliado em mais de 24 milhões de euros, este é o maior investimento do grupo nos últimos 15 anos e deve estar concluído no final de 2025.

Com 220 metros de comprimento e 45 metros de largura, a chamada Doca nº 3 ficará localizada na antiga rampa de lançamento do estaleiro, alinhada ao cais do Bugio. 

Além de ganhar capacidade para receber os chamados navios de dimensão Panamax (comprimento de 305 metros, boca de 33,5 m e calado de 26 m), vai “acrescentar capacidade produtiva e criar novos empregos” nas instalações subconcessionadas em 2014 à West Sea.


Fenómeno inédito: corais em Cascais e Sines estão a 'absorver' plásticos


Há corais em Cascais e Sines que estão a incorporar redes e fios de pesca no esqueleto. Algo que nunca foi descrito a nível mundial até agora. Os investigadores estão a estudar as consequências deste fenómeno.

São laranjas e brancos. Habitam as águas frias da costa portuguesa e podem chegar a um metro de comprimento. Chamam-se Dendrophyllia Ramea e os pescadores garantem que cheiram a anis. Os mergulhadores começam a encontrá-los a partir dos 30 metros de profundidade.

Há dois anos, pescadores de Cascais entregaram aos investigadores do MARE - Centro de Ciências do Mar e do Ambiente corais com redes incorporadas no próprio esqueleto. A professora Sónia Seixas estudou e descobriu que este fenómeno não está descrito em lado algum do mundo.

A investigação no mar junto a Cascais e Sines mostrou que seis por cento desta espécie de corais apresentam, então, fios e redes de pesca dentro da própria estrutura.

Ainda se desconhecem as consequências desta descoberta que foi agora publicada na revista cientifica Marine Pollution Bulletin pelos investigadores Sónia Seixas, João Parrinha, Pedro Gomes e Filipa Bessa.

Cruzeiros superam pré-pandemia com 31M de passageiros em 2023


A CLIA -  Cruise Lines International Association (CLIA), o líder da global comunidade de cruzeiros, emitiu o seu Relatório Anual sobre o Estado da Indústria de Cruzeiros .

O relatório divulgou que o volume de passageiros do ano passado, atingiu 31,7 milhões – superando o último ano “normal” - 2019 em 7%. O relatório demonstrou que ainda existe uma procura contínua por cruzeiros de férias, com uma intenção declarada de efectuar cruzeiros em 82%.

A previsão para a capacidade de cruzeiros mostra um aumento de 10% de 2024 a 2028, à medida que as companhias fazem progressos contínuos e concretos na busca por emissões líquidas zero até 2050.

Kelly Craighead, presidente e CEO da CLIA. Afirmou que: “Os cruzeiros continuam a ser um dos setores do turismo de crescimento mais rápido e mais resilientes – recuperando mais rapidamente do que as chegadas de turistas internacionais – e um forte contribuidor para as economias locais e nacionais. Em 2022, o turismo de cruzeiros gerou 90% do impacto económico em comparação com 2019, apesar do volume de passageiros naquele ano ter sido de 70% dos níveis de 2019. Nos últimos 50 anos, o turismo de cruzeiros demonstrou a sua liderança no turismo e é uma indústria que tem muito espaço para um crescimento responsável contínuo, uma vez que as viagens de cruzeiro representam apenas 2% do total das viagens de turismo“,.

Acrescentou que: “A indústria também continua a liderar em termos de sustentabilidade ambiental e gestão de destinos, com as companhias de cruzeiros a fazerem avanços em tecnologia, infra-estruturas e operações, e na formação de competências verdes para a tripulação”.

APDL recebe visita do porto islandês de Reiquiavique

 

A APDL recebeu hoje, 26 de abril, no Porto de Leixões a visita institucional de uma comitiva de cerca de 50 representantes da Faxaflóahafnir / Faxaports, associação que representa os portos da Islândia, visando promover e defender os seus interesses, sendo o principal o porto de Reiquiavique.

Esta visita teve início com uma recepção no Centro de Formação da APDL, com uma apresentação da FAXAPORTS e da APDL, seguindo-se uma visita ao Full Bridge Simulator e ao Centro de Coordenação de Navios, onde puderam conhecer a avançada tecnologia do Núcleo de Simulação da APDL, bem como os processos utilizados na gestão e coordenação de navios no Porto de Leixões.

À semelhança do habitual, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer a área portuária, Terminais e área logística, proporcionando-lhes uma visão abrangente das operações portuárias, visita que culminou no Terminal de Cruzeiros e instalações do CIIMAR.

A APDL espera que a troca de conhecimentos e experiências durante esta visita, seja enriquecedora e produtiva para ambas as partes, fortalecendo os laços de cooperação e as relações institucionais, entre os portos islandeses e o Porto de Leixões. 

Xeneta: Desvios no Mar Vermelho aumentam emissões.


Devido às emissões de carbono provenientes principalmente, dos porta-contentores, os níveis dessas mesmas emissões andam a atingir níveis recorde, à medida que o tempo passa e os navios tem de continuar a desviar do Mar Vermelho para a rota do Cabo.

De acordo com os dados da Xeneta, ( Empresa líder em benchmarking de taxas de frete marítimo e análise de mercado), é destacado os impactos adversos nos esforços da indústria do shipping para reduzir as emissões devido ao conflito no Médio Oriente. 

A Xeneta calcula que as emissões do transporte de contemtores atingiram 107,5 pontos no primeiro trimestre deste ano no seu índice. O CEI baseia-se nas emissões médias de CO2 por tonelada de carga transportada, com a linha de base definida no primeiro trimestre de 2018. 

Qualquer leitura abaixo de 100 indica uma melhoria na eficiência do carbono. Além de ser a primeira vez que o CEI médio ficou acima de 100 em nível global, Xeneta relata que marca um aumento de 15,2% em relação ao último trimestre de 2023. Calcularam que apenas cinco das 13 principais rotas comerciais emitiram menos CO2 por tonelada de carga neste trimestre, o que representa três rotas a menos do que no quarto trimestre de 2023. É também o mais baixo em qualquer trimestre desde o segundo trimestre de 2018. 

O aumento mais dramático ocorre nos contentores transportados do Extremo Oriente para o Mediterrâneo. Xeneta relata que as emissões de carbono aumentaram 63% durante o período em comparação com o mesmo período do ano passado. Do Extremo Oriente ao Norte da Europa, as emissões de carbono aumentaram 23%. A principal causa do aumento significativo das emissões é o conflito do Mar Vermelho, que obriga os navios a percorrer rotas mais longas em torno do Cabo da Boa Esperança. O desvio resultou no aumento da distância média que um contentor é transportado através do oceano a nível global em 11 por cento em comparação com o início de 2023. 

A plataforma de análise de mercado destaca que os navios que navegam do Extremo Oriente para o Mediterrâneo percorreram em média 9.400 milhas náuticas no último trimestre de 2023. Devido à escalada do conflito, os navios estão agora a navegar mais 5.800 milhas náuticas devido aos desvios ao redor do Cabo. da Boa Esperança, um aumento de 60,7 por cento com a consequência inevitável de queimar mais combustível. Em termos reais, isto significa que um contentor marítimo neste comércio está agora a ser transportado em média cerca de 15.200 milhas náuticas.

Segundo Emily Stausbøll, analista de mercado da Xeneta, afirmou que: “Os navios também navegam a velocidades mais elevadas numa tentativa de ganhar tempo devido às distâncias mais longas, o que mais uma vez resulta na queima de mais carbono”.

 Durante o trimestre, a velocidade média de navegação aumentou 9,8% em comparação com o trimestre anterior. A velocidade média de navegação atingiu 15,4 nós em Janeiro de 2024 para navios porta-contentores entre 12.000 e 17.000 TEU, a velocidade mais elevada desde Junho de 2022, quando a Covid-19 também estava a causar grandes perturbações. 

Xeneta destaca que embora as velocidades tenham caído ligeiramente desde janeiro, a média global ainda estava acima de 15 nós em meados de abril. Espera-se que isto tenha um impacto negativo no desempenho das emissões de carbono.

China: Ponte quebra-se ao meio em acidente mortal com navio de carga


Pelo menos cinco pessoas morreram e um membro da tripulação ficou ferido ontem, quando um navio de carga colidiu com uma ponte no sul da China, cortando a estrutura ao meio, informou a comunicação social estatal chinesa.

O centro de busca e resgate marítimo de Guangzhou disse que dois veículos caíram na água e outros três caíram na embarcação depois de ter colidido com a ponte Lixinsha, na parte sul da cidade, no Delta do Rio das Pérolas, de acordo com o relato oficial do Weibo de Guangzhou no Distrito de Nansha.

Fotografias dramáticas do rescaldo mostraram a ponte dividida em duas, com o grande navio atingido parado sob a estrutura. Navios da polícia também foram vistos no local.

Duas pessoas foram retiradas para um local seguro após a colisão, informou o meio de comunicação estatal Diário do Povo. Uma operação de resgate entrou logo em andamento.

A Ponte Lixinsha está localizada no distrito de Nansha, em Guangzhou, um importante centro de transporte marítimo internacional na megacidade.

Os trabalhos de reforço na ponte devido a preocupações estruturais foram repetidamente adiados nos últimos anos, informou a emissora estatal CCTV.

Submarino português atinge feito histórico ao chegar à Gronelândia.


O NRP Arpão atracou em Nuuk, capital da Gronelândia, após 22 dias de patrulha ao serviço da Nato na operação "Brilliant Shield", tornando-se assim no primeiro submarino da Marinha Portuguesa a navegar tão a Norte e praticar um porto na Gronelândia.

Durante a primeira patrulha, o NRP Arpão contribuiu discretamente para a vigilância e segurança dos espaços marítimos de interesse da aliança.

Na chegada, o submarino português foi recebido por algumas dezenas de pessoas em Nuuk.

O próximo desafio do NRP Arpão será o de navegar por baixo do gelo Ártico.

O NRP Arpão, submarino da Classe Tridente, foi entregue em 22 de dezembro de 2010 e chegou pela primeira vez a Base Naval de Lisboa em 30 de abril de 2011. Está integrado numa forca naval permanente da NATO desde 2012. 

Martifer: Maior investimento em 15 anos nos estaleiros navais de Viana do Castelo

A Martifer avançou finalmente com a construção de uma nova doca seca nos estaleiros navais de Viana do Castelo, destinada à reparação naval ...